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O encontro em sonho com Luis Miguel Dávila Mendoza

  • Eduardo Nunes da Silva
  • 13 de nov. de 2016
  • 4 min de leitura

O preletor Luis Miguel Dávila Mendoza foi nosso colega na Sede Central da Seicho-No-Ie do Brasil, e dedicou-se durante muitos anos ao Movimento de Iluminação da Humanidade e Movimento Internacional de Paz pela Fé. Ele partiu para o mundo espiritual, passando pelo processo da morte física no segundo semestre de 2014. Diz a Revelação Divina de Retorno ao Mundo Espiritual: “Quem termina cedo esta vida é aquele que aprendeu rapidamente a música elementar”. O preletor Miguel sempre foi uma pessoa muito ágil e um pouco irrequieto, como se soubesse que teria pouco tempo neste mundo. Conhecemo-nos no final dos anos 70 ou início dos anos 80, quando ele veio ao Brasil, liderando uma caravana de jovens peruanos, que vieram participar de um seminário na Academia de Treinamento Espiritual de Ibiúna. Dirigente destacado da Seicho-No-Ie no Peru, veio a ser aspirante a preletor da Sede Internacional e posteriormente foi transferido para a Sede Central da Seicho-No-Ie do Brasil, onde atuou durante muitos anos. Ainda moço, no segundo semestre de 2014, veio a falecer.No dia 17 de março de 2015 viajei para Trujillo, no Peru, onde, no dia 18 realizei uma conferência para público geral, e nos dias 19 e 20 orientei o curso para dirigentes. No dia 18, saí de casa às 3h30 da madrugada e me dirigi ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Almocei em Lima e fiz a conexão para a cidade de Trujillo. Cheguei ao hotel no final da tarde e depois de me instalar no hotel, os dirigentes me levaram para jantar. Retornei ao hotel e me deitei às 23 horas, horário local, isto é, à uma da madrugada, horário de Brasília. No dia seguinte acordei cedo, pois os dirigentes, sempre muito solícitos, quando possível nos levam para conhecer atrações turísticas do local. Depois do almoço retornei ao hotel e me preparei para a conferência que deveria proferir no início da noite. Como ainda faltava algum tempo, recostei-me um pouco na cama e acabei cochilando. Acho que o cochilo não durou mais do que cinco minutos. Nesse breve lapso de tempo tive um sonho extremamente real. Estava em um belo jardim, com uma construção ao fundo que parecia ser uma escola e, vividamente, vejo caminhando em minha direção, com passos firmes o preletor Luis Miguel Dávila Mendoza. Surpreso, perguntei a ele: “Miguel, é você mesmo?”, como esta é uma pergunta apenas retórica, ele não respondeu, mas disse em espanhol: “Obrigado por vir a meu país!”. E pediu para transmitir um recado à sua esposa: “Por favor, diga à Gabriela: Eu estou vivo. Estou muito feliz e continuo trabalhando!” Despertei com os olhos cheios de lágrimas e a absoluta certeza de que havia tido um encontro espiritual com o amigo preletor Miguel.Retornei ao Brasil no dia 21, segunda-feira, e à noite telefonei para a preletora Gabriela, narrei o sonho e transmiti a mensagem dada pelo preletor Miguel. Em nossa conversa ao telefone, nos emocionamos profundamente. No dia seguinte, ela foi a meu encontro na Sede Central e pediu para que repetisse detalhadamente o que eu havia contado ao telefone. No sonho, o preletor Miguel foi extremamente sucinto, dizendo poucas frases, mas a comunicação com os espíritos no plano astral é feita de mente para mente. Eu disse à preletora Gabriela que quando o preletor Miguel disse que seguia trabalhando, entendi que o trabalho dele, embora ele houvesse falecido no Brasil, era expandir o Movimento da Seicho-No-Ie no Peru. Quando eu disse isto, a preletora Gabriela disse, emocionada: “Agora entendi. Agora entendi”. Ela então disse que eles estavam se preparando para retornar ao Peru, e que o marido tinha uma infinidade de anotações sobre ações para expansão do Movimento da Seicho-No-Ie naquele país. Segundo ela, o entusiasmo dele era tanto, que ela achava que ele teria uma cura milagrosa ou passaria por uma cirurgia e ficaria curado, para então retornar a seu país e pôr em prática o que estava planejando. Ela então interpretou que ele, antevendo sua passagem para o mundo espiritual, intuitivamente traçava planos para continuar seu trabalho de amor e dedicação à humanidade, a partir do plano espiritual.Este episódio me fez lembrar do trecho O poder de um espírito elevado que zela pelos descendentes, que consta no livro Melhore Seu Destino Orando Pelos Antepassados, em que o mestre Masaharu Taniguchi transcreve a comunicação espiritual de um pai a seu filho. Na comunicação o pai diz como, no momento da morte, pôde amparar o filho que o acompanhava e depois, através do filho, deu amparo à sua esposa, mãe do filho. Do mesmo modo, a preocupação do preletor Miguel foi dar conforto a sua esposa, preletora Gabriela. Alguém poderá perguntar, mas por que ele não apareceu diretamente a ela em sonho? Quando dormimos nosso corpo astral tem a capacidade de sair do corpo físico, permanecendo ligado a ele pelo corpo etéreo. Nesses momentos, projetamos nossa consciência, juntamente com o corpo astral, que nos serve de veículo e podemos ir ao mundo espiritual, onde podemos estudar e às vezes nos é permitido o encontro com entes queridos, que habitam o mundo espiritual. Porém, quando retornamos ao corpo físico, no momento que o corpo astral deve aderir-se novamente ao corpo físico, o cérebro apaga parte das memórias, que então ficam retidas no inconsciente, permanecendo apenas como vaga lembrança na mente consciente. Porém, há circunstâncias em que podemos estar mais propícios a reter as lembranças, e um espírito elevado pode perceber em determinada pessoa essa possibilidade, apresentando-se a ela para que transmita a alguém a mensagem desejada. Creio que foi isto que ocorreu neste caso, envolvendo os preletores Miguel, Gabriela e a mim.

 
 
 

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