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Sexualidade feminina livre de tabus e de culpa

  • Eduardo Nunes da Silva
  • 12 de jul. de 2018
  • 3 min de leitura

Vivemos um tempo em que sobram informações sobre sexo. Nas bancas de revistas e na internet, há uma infinidade de publicações e conteúdos que abordam o tema. Porém, na maioria das vezes, a abordagem é feita por de um viés materialista. No que tange à sexualidade feminina, ainda paira uma atmosfera de medo, culpa e vergonha. “‘As reações da sociedade, que vão dos tabus religiosos aos anúncios dos produtos de higiene feminina, sugerem permanentemente que a sexualidade feminina é, na verdade, impura’, escreve a psicanalista Elizabeth Waites[1]”. No outro extremo, temos o pensamento de que tudo que esteja relacionado a interdições sociais, valores morais e espirituais referentes à sexualidade não passa de repressão e deve ser abolido.

“Muitos jovens pensam que se duas pessoas concordam quanto ao sexo, e acham que ele não deve representar um envolvimento duradouro, e ninguém é ferido, que mal faz? O mal é que alguma coisa de valor – o próprio sexo – foi diminuída[2]”. Diz o psiquiatra e psicoterapeuta doutor Thomas A. Harris[3]: “Não há absolutos doutrinários, exceto o mal de usar as pessoas como coisas, mesmo que uma dessas pessoas seja o próprio sujeito da experiência”. Em linguagem religiosa, dizemos que quando usamos o corpo da outra pessoa ou o nosso próprio, com o objetivo único de obter prazer, estamos declinando da condição de filhos de Deus e é isso que constitui o mal.

Prazer e felicidade são coisas diferentes. Está fadado ao fracasso o relacionamento em que cada qual procura receber do seu cônjuge apenas o prazer. A felicidade é algo espiritual, porém, proporcionar prazer à pessoa amada e dela o receber, não é errado. No livro a Felicidade da Mulher (vol. 2, p. 88), o mestre Masaharu Taniguchi ensina que “o hábito de colocar o corpo em primeiro lugar faz a pessoa esquecer-se de que é uma existência espiritual e leva-a à degradação”. O ato sexual se torna ato sagrado quando expressa a união profunda de duas almas. O ato sexual, quando praticado dentro da vida matrimonial, visando o aprimoramento espiritual, nada tem de impuro e imoral, mas constitui “ritual sagrado dos cônjuges”, em que cada uma das partes se dedica a dar alegria e proporcionar a elevação espiritual do cônjuge.

Há alguns anos orientei um seminário na Academia de Seicho-No-Ie em Ibiúna – SP. Fui procurado por uma jovem senhora, de 40 anos, que já estava casada há oito anos e que desejava ardentemente ser mãe, mas até então o casal não havia tido graça de ter um filho. Notava-se que se tratava de uma mulher de personalidade dócil, o que constitui um dos fatores para que possa conceber um filho. Expliquei a ela que a concepção só é possível através da força do amor. Naquele momento lastimei pelo fato de ela não estar acompanhada pelo marido, pois seria muito mais fácil orientar o casal, mas, ainda que um pouco constrangido, expliquei que existe o “amor do céu” e como expressão dele existe o “amor da terra”. Recomendei a ela que lesse o livro Nova Visão do Casamento de autoria do mestre Masaharu Taniguchi e se esforçasse para tornar o ato conjugal “mais quente”, propiciando alegria ao marido. Cheguei a sugerir a ela que comprasse peças de lingerie mais sensuais e criasse um clima mais favorável para oferecer ao marido o carinho quente e envolvente, que é próprio da mulher. Ela pôs em prática o que transmiti e, para grande felicidade do casal, pouco tempo depois, receberam a grande bênção de conceber um filho. Ela deu à luz um robusto menino. Isso acontece quando o “ritual sagrado dos cônjuges” (“amor da terra”) se realiza com plenitude e entrega, manifestando-se a glória de Deus por meio da sacrossanta concepção e nascimento de um maravilho filho de Deus.



[1] DOWLING, Colette. O Complexo de Perfeição. São Paulo: Círculo do Livro, [s.d.]. p.138

[2] ALDRICH, Forrest A. Apud HARRIS, Thomas A. Eu Estou OK, Você Está OK. São Paulo: Círculo do Livro, [s.d.]. p.224

[3] HARRIS, Thomas A. Eu Estou OK, Você Está OK. São Paulo: Círculo do Livro, [s.d.]. p.224

 
 
 

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